Olhar

Em cada olhar especial encontro uma força que me transporta para o sonho no meio da realidade.

Sinto que, quando duas pessoas se juntam numa relação, é inevitável que, mais tarde ou mais cedo, haja algum tipo de desentendimento. Só se houver um submisso é que não há esse tipo de desentendimentos.

Estava eu a falar do olhar...

Sim...

O Olhar...

Mais propriamente esse olhar que faz do nosso desentendimento uma gota de chuva no meu de um campo, ou seja, não faz bem nem faz mal.

Tudo me fascina nesse ser que tu transportas contigo diariamente porém, esse teu olhar me seduziu desde o primeiro momento em que meu coração bateu mais forte por ti.

Lembro-me de olhar o teu rosto, iluminado pelo sol, e ver o quão brilhantes ficaram os teus olhos, tão lindos, cor de mel...

Afogo-me em romantismo sempre que penso na tua imagem.

P.S: Prometo escrever algo menos romântico em breve.

Avó

Maria Aurora Pereira,

Assim era o seu nome, nome duma mulher forte, apesar de sempre doente, nome duma mulher que conseguiu ser mãe e pai numa época em que, ser mãe solteira era mais que mal visto.

Criou dois filhos, não foi fácil...

Amou e quis ser amada...

Foi amada: pelos filhos, pelas noras, pelos netos...

Eu também a amei mas, na altura em qu ela mais precisou de mim, não lhe dei a devida atenção.

Recordo-me de a ouvir chamar-me do meu quarto, onde ela dormiu algum tempo, e dizer-me que eu já não gostava dela porque já não a ia visitar.

Eu era criança...

Tinha escola e mil e uma coisas de crianças para fazer...

Avó, eu nunca te deixei de amar!

Amava brincar com os teus brincos que eram, recordo-me bem, pequeninas chaves que iam da maior à mais pequena.

Lembro-me, quando entrei para a escola primária, de andar atrás de ti para te ensinar a ler e a escrever.

Tenho saudades disso tudo Avó!

Queria tanto puder abraçar-te só mais uma vez, dizer-te que preciso de ti na minha vida, de te contar as coisas boas e desabafar as coisas más.

Porém, o hoje em que eu vivo, tu ja não fazes parte dele fisicamente...

Resta-me recordar-te com saudade.

Amo-te Avó

Quando Alguém Nasce...

É sempre uma felicidade quando nasce uma criança:

vê-la sorrir pela primeira vez;

vê-la gatinhar com toda a energia até que, começa a dar os primeiros passos.

É pelo amor que as crianças conseguem dar a toda a gente que elas acabam por ser tão amadas.

Quem não gosta de pegar num bébé recém nascido e, tocar-lhe levemente na sua face rosada?

Quem não gosta de ver a brincadeiras, às vezes desajeitadas, dos bébés que começam a dar os primeiros passos?

Desejo à Andreia que, aproveite ao máximo a felicidade que é ter um novo bébé na família e que, a sua primeira sobrinha não lhe dê muitas dores de cabeça.

Ser Diferente mas Igual

Ainda vivemos num mundo que não nos permite ser tudo o que somos...

Onde as opções que tomamos na vida, raramente, são aceites a 100%...

Onde é errado ser diferente dos demais...

Hoje, apesar de ser mais igual aos demais, continuo diferente!

Como diz a minha avó, na sua inocente forma de ser, eu devia era estudar para doutora como a prima X. E eu, para "puxar a brasa à minha sardinha" lá lhe digo: -"Avó, eu vou ser doutora mas os meus doentes são outros." Sei, de antemão, que se lhe tentasse explicar o que é uma Relações Públicas ou dizer-lhe -" Avó, a sua neta já é Técnica de Relações Públicas!" certamente não ia perceber.

Por isso, sou diferente, não fui para as profissões normais como: professora, advogada, médica, trolha...

Porém, gosto de ser diferente na medida certa, diferente enquanto me deixarem...

Quantas vezes já tive que deixar de ser diferente...

Umas vezes saí prejudicada, outras... saí mais feliz!

Sejam diferentes mas também iguais...